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Pedro da Rocha: Uma vida dedicada ao cinema

Descrição:

Pedro da Rocha nasceu no município de Junqueiro, interior de Alagoas, em 1957. Na adolescência, enquanto estudante secundarista, passou a ter uma relação mais próxima com o cinema através do Cinufal, ao mesmo tempo em que militava contra o regime militar. A primeira produção alagoana a que teve contato, ainda como espectador, foi o filme em super-8 A Busca, de Carlos Brandão, no início dos anos 80.

Em 1986 inicia sua carreira profissional trabalhando como pesquisador na secretaria de Estado da Cultura, onde ficou até 1991. No ano seguinte, começa em uma pequena agência de publicidade (SPP) como redator e RTV, que lhe forneceu o conhecimento e a experiência inicial nas técnicas de produção para televisão, permanecendo no ramo publicitário por mais de dez anos, o que lhe custou a presença, devido às altas demandas de trabalho, na I Mostra Alagoana de Vídeos, em 1998, onde concorreu com o documentário Em Nome do Pai, do Filho e da Folia.

Foi presidente da Associação Brasileira de documentaristas de Alagoas, onde teve papel fundamental na criação da Mostra Sururu de Cinema Alagoano, no lançamento do polêmico primeiro edital da Secult-AL para produção audiovisual, bem como na publicação da segunda edição do clássico Panorama do Cinema Alagoano, do saudoso Elinaldo Barros, que teve a importante função de ampliar seus conhecimentos acerca da produção cinematográfica alagoana até o começo dos anos 80.

Pedro da Rocha, ao longo de sua carreira, se especializou em quase todos os aspectos da criação de um filme: produção, roteiro, direção e montagem. Um dos seus grandes prazeres era o de registrar referências da cultura popular alagoana, em que teve a chance de conhecer varias regiões de Estado, filmando festas e personagens culturais, o que lhe foi possível graças à parceria com Ranilson França, com quem dirigiu produções sobre o carnavalesco Pedro Tarzan e o repentista Raul Vicente Queiroz, e a quem Pedro lhe rendeu uma homenagem com o documentário O Santo Guerreiro do Povo.

Pedro da Rocha dirigiu mais de 20 produções audiovisuais entre documentários e ficções, com destaque para Trama da Memória, Urdidura do Tempo; Sol Encarnado; Desalmada e Atrevida e O Comendador do Povo.

Além do cinema, Pedro foi escritor, tendo contribuído na organização de duas obras históricas sobre sua cidade natal: Junqueiro. Durante a Pandemia, concluiu dois livros: Um Quarto nos Fundos, já publicado; e O Lobisomem e outras histórias de Junqueiro, no prelo.

Seu legado e inspiração serão eternos.

*Texto de Dimas Marques, adaptado da última entrevista de Pedro da Rocha para o site Alagoar, com as jornalistas Larissa Lisboa e Simone Cavalcante. Imagem: Vera Rocha.

Tipo:

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Número do Item:

https://alagoar.com.br/um-mergulho-na-producao-audiovisual-de-pedro-da-rocha/

Coleção:

Pedro da Rocha

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