Descrição:

Trecho transcrito e adaptado do depoimento de Pedro da Rocha para o realizador Janderson, em agosto de 2021

“Elinaldo Barros que deu o nome Santo Guerreiro do Povo.

Ranilson começou um pouco antes de mim com a cultura popular. Ele era um dos discípulos do Théo Brandão, e foi aluno do José Maria Tenório, então já tinha uma grande influência.

A gente começou junto a questão do registro em vídeo, porque antes disso o Ranilson já fazia um programa na rádio Educativa chamado Balançando o Ganzá, que depois virou programa de TV. Ele atuou como um legítimo produtor, inclusive de material inédito, como uns registros que eu fiz com o Mestre Djalma de Oliveira, de Coruripe, que vinha cantar aqui com o Guerreiro da Dona Maria Flor e da Dona Maria Vitória. Então assim, ele atuou muito como produtor, e quando ele viabilizou esses registros, quando a gente saía pra viajar, pra você ter uma ideia, eu passei dois anos inteiros sem sair no final de semana, que eu gostava, na sexta à noite ou no sábado, de sair pra tomar uma. Eu não saí. Porque eu me sentia feliz com essas viagens. Ranilson chegava durante a semana e a gente combinava de ir pra Penedo, Quebrangulo... Se tinha algum cantador em algum lugar, a gente ia gravar.

Ranilson foi uma referência, ele norteou muito mais a minha vida nesse sentido do que qualquer pessoa da cultura popular. Eu tenho um respeito muito grande pelo trabalho do Celso e pelo trabalho do Zé Maria nessas áreas, mas quem me inspirou de fato foi Ranilson França, porque tinha umas características dele que combinavam comigo também, que era ser bem humorado, mulherengo e cachaceiro, que são qualidades que eu pude ver.”

Tipo:

Vídeo

Coleção:

Pedro da Rocha